A colectomia é indicada nos casos de tratamento de doenças ou outras complicações que venham a afetar o intestino grosso. Ela consiste na retirada parcial ou total do cólon, por meio de seu dissecamento e ressecamento, a depender do tamanho da lesão sofrida.
Neste post, entenderemos um pouco mais sobre o procedimento e suas indicações. Confira!
Quais as indicações para uma colectomia?
A colectomia costuma ser indicada nos seguintes casos:
- hemorragia digestiva baixa com sangramentos incontroláveis — nesses casos, a cirurgia se mostra definitiva para remover a parte comprometida;
- câncer de cólon;
- obstrução intestinal — aqui, ocorre o bloqueio do cólon, exigindo uma colectomia de emergência, podendo, inclusive, ser de sua retirada total;
- doença de Crohn — os sintomas da doença podem não ser amenizados apenas com os medicamentos. Nessas situações, a colectomia da parte danificada pode aliviar as dores;
- Diverticulite — a parte comprometida do cólon pode ser removida também. Além disso, a cirurgia pode ser recomendada no caso da diverticulite se complicar, aliviando as dores abdominais;
- retocolite ulcerativa — nesses casos, seria feita uma proctocolectomia total, caso os medicamentos não sejam suficientes para segurar ou amenizar os sinais e sintomas da inflamação;
- a colectomia também pode ser recomendada para prevenir cânceres futuros ou àqueles que correm o risco de contrair câncer de cólon por polipose adenomatosa familiar e pela síndrome de Lynch.
Como o procedimento é realizado?
O procedimento pode ser realizado de duas formas: por forma convencional com uma incisão na parte central do abdome ou por laparoscopia. Nessa forma são feitas cinco pequenas incisões na região do abdômen. Por meio delas, o cirurgião colocará variados tubos, medindo de 5 a 10mm. Em um deles será inserida a câmera, por onde o médico-cirurgião poderá visualizar o procedimento de forma ampliada pelo monitor. Para que ele enxergue a cirurgia do interior do abdômen do paciente, em um desses tubos será introduzido, muito lentamente, gás carbônico, inflando a cavidade e permitindo a visualização.
Os tubos também servirão para que o cirurgião consiga utilizar os instrumentos que serão manipulados no decorrer da operação, como grampeadores intestinais, executando com maior precisão o procedimento cirúrgico, que poderá incluir suturas e cortes simultâneos.
No momento da retirada do cólon, uma das incisões é aumentada, permitindo que o órgão seja retirado do corpo do paciente. Feito isso, o cirurgião consegue retirar toda a parte danificada. No final do procedimento, o gás carbônico também é removido.
Depois da retirada do órgão, o sistema digestivo deve ser reconectado para que o paciente volte a defecar novamente, com o trânsito intestinal reconstruído. Esse procedimento pode ser feito de várias maneiras.
Reconexão do sistema digestivo
Veja agora algumas maneiras de proceder:
- reconectar o que restou: procedimento chamado também de anastomose, consiste em ligar as partes do cólon, costurando seus segmentos;
- do intestino delgado ao ânus: é recomendado nos casos de proctocolectomia, já que essa cirurgia consiste em retirar todo o cólon e o reto do paciente. Nesse procedimento, o cirurgião cria uma espécie de bolsa que unirá o intestino delgado ao ânus;
- estoma: essa cirurgia dependerá do tamanho da porção retirada do cólon. São casos em que ele ou, até mesmo, o intestino delgado são conectados a uma abertura do abdômen e os resíduos eliminados em uma bolsa anexa a essa abertura.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião do aparelho digestivo em Ilha Solteira e Barretos!